sábado, 26 de janeiro de 2013

London dream (parte 3).

Então, eu não sei o que aconteceu aqui, que eu tava com o post quase pronto, enorme e maravilhoso, e, de repente, deu um erro no blog e eu perdi tudo. Isso já faz alguns dias e só agora eu juntei coragem e muita paciência pra escrever de novo, hahaha (acho que vai ficar menos awesome do que o de antes, mas tudo bem). Desculpem de verdade pela demora - muita coisa pra resolver por aqui ainda! - e espero que gostem.

Bom, depois que nos arrumamos, nós voltamos pelos lados do Parlamento pra ver os fogos do Ano Novo. Desviando do povo bêbado e das chaminés ambulantes (ô povinho pra fumar!), conseguimos pegar um lugar com uma vista decente do Big Ben e um pedaço da London Eye. Era isso, eu estava ali e iria virar o ano em Londres! Meu deus, nunca imaginei que um dia isso ia acontecer comigo! Minhas bochechas (congeladas e insensíveis pelo frio) não conseguiam parar de sorrir com o pensamento e eu só ansiava pelo momento. O Big Ben estava bem iluminado e a London Eye estava linda, trocando de cor a cada 5 segundos.

London Eye verde e amarelinha. :)

Fireworks! E um cabeçudo arruinando minha foto. kkkkkkk  

O dia seguinte amanheceu muito ensolarado, mas foi o dia mais frio de todos! Eu e o pessoal tentamos acordar um pouco mais cedo pra aproveitarmos o dia pra passear, mas acordamos tarde e o café da manhã do hotel já tinha acabado. Perguntamos das camareiras no corredor e elas nos deram as direções pra chegar na Tesco, uma das maiores redes de supermercado por aqui, e lá compraríamos alguma coisa pra comer. Compramos suco, croissant, pão, café e pudemos dar uma boa olhada nas coisas, ter mais ou menos uma ideia dos preços e tentar desvendar o que eram aqueles produtos esquisitos de marcas que nunca tínhamos ouvido falar. E imaginem a felicidade quando reconhecíamos algo? Tinha Brahma (a gente não bebe, rs), Vanish e aquele sabão em pó Ariel!

Depois de abastecidos e descansados, fomos passear mais. Voltamos a Camden Town e eu comprei meu iPhone 4S branco e lindo ♥ (a salvação pra quem tava sem internet o/) e, de lá, fomos comer uma pizza na Pizza Hut (margherita *-*). Quando terminamos, andamos um pouco e passamos por várias lojinhas de souvenirs, com uma coisa mais linda do que a outra! Aproveitei pra dar uma olhada naquelas coisas fofas e procurar uma capa pro meu celular, mas acabei comprando só um adaptador de tomadas por 6 libras. No caminho, topamos com uma estátua da Agatha Christie, que estava com um acessório bem peculiar colocado por algum gaiato.

Sacanagi, né? kkkkkkkkk

Quero todos!

Bom, depois de Camden Town, seguimos com o nosso roteiro turístico do dia: próxima parada, a estação de King's Cross. Nossa, lá é enorme, gente. E muito lindo! A iluminação diferente fez tudo parecer muito mágico. Depois de tirar algumas fotos na estação, saímos procurando a famosa parede com os dizeres "Plataforma 9 3/4". Era num canto da estação, provavelmente pra impedir que o fluxo de turistas tirando foto atrapalhasse o movimento dos passageiros. Eu, como uma Potterhead das boas, ansiava com esse momento (apesar de saber que o lugar era só simbólico). Mesmo sendo o primeiro dia do ano, ali tinha gente de todas as nacionalidades fazendo as mais diversas poses na parede (pois é, tinham tirado o carrinho de lá por algum motivo), enquanto passavam pessoas curiosas. Depois de juntar coragem e superar a vergonha (além de esperar o número de pessoas diminuir um pouco, óbvio), fui lá e fiz a minha pose. Não ficou grande coisa, mas tudo bem.

Adiós, bitches.

Depois de King's Cross, comemos um lanche rápido no McDonald's que tem ali perto da estação, e de lá pegamos o metrô pra chegar pelos lados da Tower of London e tentar ver a Tower Bridge, nossa última parada do dia. A primeira estava lindíssima, claro, toda bem iluminada e aqueles traços medievais que me fascinam tanto. Já a segunda... eu, Ste e Thales descemos até um píer no rio Tâmisa, de onde deve sair várias embarcações que descem o rio levando turistas. Não havia ninguém por lá, e nós fomos andando e andando, até chegarmos na grade perto do rio, que nos oferecia uma visão de tirar o fôlego da Tower Bridge.



Cansados, mas ainda totalmente maravilhados com tudo o que vimos, pegamos o tube de volta pro hotel pra descansar e nos preparar pro dia seguinte, nosso último dia em Londres. Ele iria ser cheio de atividades e nós precisávamos estar recarregados pois o dia começaria logo com a troca da guarda, que seria às 11 horas da manhã. Mas isso é história pro próximo (e último!) post do meu turistão pela cidade mais linda que já estive na minha vida.

É isso. Beijos! :)

domingo, 13 de janeiro de 2013

London dream (parte 2).

Continuando o post sobre meus primeiros dias na Terra da Beth, eu, Stephanie e Thales resolvemos, no dia seguinte, acordar cedo pra passear e fazer um turistão básico por Londres. Depois de um café da manhã decente no hotel, pegamos novamente o free bus pra Hatton Cross station e, de lá, pegamos a Piccadilly line (linha azul) e descemos na Acton Town station pra pegar a District line (linha verde) pra sair na Embankment station, lá pelos lados do Parlamento. Por que não descemos logo na Westminster station? Porque descendo na Embankment você pode atravessar um ponte, a Hungerford Bridge, que atravessa o rio Tâmisa, e ter uma visão linda do Big Ben e da London Eye!
 

Antes de seguir por aqueles lados, demos uma passadinha na Starbucks pra comprar um café, porque estava MUITO FRIO! Mesmo toda empacotada (2 meias-calça, jeans, 2 blusas, 1 casacão por cima, cachecol e luva), nossa, eu ainda estava congelando. Comprei um caffe latte e, depois do primeiro gole, ahhh, que alívio! Tão gostoso e quentinho como eu imaginava *-*

Foto na Hungerford Bridge, com o Big Ben (à direita) e a London Eye (à esquerda) ao fundo. E tomando meu primeiro café da Starbucks, haha*-*
Atravessando a ponte e virando à direita, às margens do rio, andamos e fomos chegando perto da London Eye, a roda-gigante mais famosa do muito. Eu não conseguia parar de sorrir! A London Eye é tão grande e tão linda! Eu não estava acreditando que eu estava ali, vendo tudo aquilo que eu só admirava em fotos, bem na minha frente. Nossa, nessa hora esqueci completamente que tava morrendo de frio, esqueci o meu café e esqueci até meu nome. Só conseguia pensar: "AHHH, EU ESTOU MESMO AQUI" e "MEU DEUS, ISSO É REAL", hahaha. Eu tava morrendo de vontade de subir lá e ficar mais *____* ainda, mas lá não é tão barato e sem contar que a fila estava IMENSA! Sem condições naquele dia, mas tava feliz mesmo assim porque o pensamento de "eu estou na Inglaterra, posso ir quando eu quiser!" sempre voltava à minha mente.

Felicidade define. Hahaha

Depois de passar pela London Eye, continuamos andando pelas margens do rio e a figura alta e imponente do Parlamento ia ficando cada vez maior (e mais linda!). Atravessamos a Westminster Bridge e tiramos várias fotos ali, claro, com o Big Ben na nossa cara *-* Continuamos seguindo pela ponte, andamos um pouco pela Bridge street e viramos à esquerda pra visitar a Westminster Abbey, a igreja linda de estilo gótico que foi o lugar de vários casamentos reais, mais recentemente do príncipe William e da Kate Middleton. A gente não chegou a entrar lá, porque é pago e somos pobres, então só curtimos o lado de fora mesmo (que já tava bom demais!)


De lá da Westminster Abbey, pegamos a Jubilee line no metrô pro Green Park e, de lá, a Piccadilly line pra Covent Garden, um distrito em Londres bem conhecido pelo seu comércio movimentado, com muitas lojas e o famoso Covent Garden Market, que vende frutas, verduras, carnes e mais um milhão de coisas. Uma curiosidade: vocês já devem ter uma ideia do quão imensa Londres é no subsolo, pela quantidade de linhas do metrô e tal. Só pra chegar até a plataforma foram três lances de escada rolante. Chegando na estação de Convent Garden, seguindo as placas de way out, você encontra duas opções pra chegar até lá em cima, na rua: elevador, a escolha mais óbvia, e escadas. Sim, escadas. 

Challenge accepted.
Pra quê, senhorrr? Por que eu, Stephanie e Thales decidimos que devíamos ter essa experiência de ir pelas escadas? Nunca, NUNCA MAIS vou fazer isso de novo. Dizer que eu subi me arrastando, quase morrendo é pouco. Nossa, eu só rezava pra chegar logo, minhas pernas tava pesando vinte toneladas, doía pra respirar por causa do ar gelado, cada degrau era um "arrrgghh"... O bom é que um monte de gente também tava indo pelas escadas, inclusive famílias com crianças que me deixavam pra trás. KKKKKK (não me julguem)

Bom, depois desse sofrimento, já na rua, seguimos reto e descemos a rua em direção ao market. No fim da rua tinha uma red telephone box e eu aproveitei pra tirar uma foto lá. Minha família me chamou de matuta, mas nem ligo, tirar uma foto lá é um clássico! Hahaha



Depois de tanta andança, resolvemos procurar algum lugar pra comer. Estávamos morrendo de fome, e como já estava ficando realmente escuro e, ainda por cima, era véspera de Ano Novo, foi meio difícil achar um lugar que já não estivesse fechando. Acabamos em um pub inglês mesmo e pedimos um sanduíche BBQ  (que não gostei, a propósito), suco de abacaxi (que não estava uma delícia, mas também não estava ruim) e fritas (que estavam ótimas, pelo menos. Haha), que saiu por 10 libras.


Depois de um dia cheio de aventuras, resolvemos voltar pro hotel pra tomar banho e nos arrumar pra voltar ao Big Ben, ver os fogos na virada do ano. Como o post já tá imenso, vou deixar pra contar isso no próximo. :)

Até mais!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Despedidas e London dream (parte 1).

Começar um post com um pedido de desculpas em um blog de viagem é clichê demais? Pois é, desculpem pela demora, gente. Custei, mas finalmente consegui um tempinho pra postar aqui no blog! Esses últimos dias tem sido uma loucura! Sim, já estou na Inglaterra (em Birmingham, agora) e não, eu não acredito ainda que estou aqui. Mesmo depois de quase duas semanas. Do jeito que tá, acho que a ficha só vai cair mesmo daqui a uns 3, 4 meses! A vida aqui parece um sonho.

Vou ver se faço um resumo legal de tudo o que aconteceu desde as despedidas até meus dias em Londres (que deve ter mais uns 2 posts), e depois eu conto como estão as coisas aqui em Birmingham. :)


Depois de me acabar de chorar com a minha família com as despedidas no aeroporto, embarquei. A viagem de Recife até Londres foi bem tranquila, no geral. Fui de TAP e saí de Recife às 23:25 do dia 29 de dezembro. Depois de uma viagem cansativa de mais ou menos 7 horas (com uma turbulência básica no meio do Atlântico - que, claro, pensei que fosse morrer ali mesmo), fiz uma escala de 3 horas em Lisboa e cheguei em Londres (no London Heathrow Airport) às 16:00, mais ou menos, do dia 30 de dezembro de 2012. Consegui fazer amizade com Ruanda (desculpa se você ler isso e seu nome não for esse/não for escrito assim, KKKKKKK sou péssima pra nomes) e Bruno, dois brasileiros que estavam indo pro Reino Unido pra fazer curso de inglês e meus fiéis companheiros dos piores assentos EVER num avião - as cadeiras da última fila (que, pra quem não sabe, não reclina. TERRÍVEL). Quando finalmente chegamos em Londres, o avião ficou dando quinhentas voltas ao redor do aeroporto e não descia de jeito nenhum. Cara, balançava muuuito e aquilo tudo parecia interminável. Já tava morrendo de enjoo e eu só rezava pra gente descer logo, porque eu já não tava aguentando mais. Foram as piores duas horas e meia da minha vida, mas enfim, né. 

Depois que saímos do avião, seguimos em um corredor e as placas iam nos orientando até chegarmos na imigração, que, ao contrário do que eu pensava, a gente passa antes de pegar as bagagens que foram despachadas. A fila não tava muito grande, graças a deus. Quando me chamaram no guichê pra carimbarem meu visto, apesar de ter tudo certo e ter todos os documentos possíveis numa pasta prontos para serem apresentados, fiquei um pouco nervosa. Entreguei meu passaporte e um papel que me deram pra preencher no avião que, provavelmente, serve pra agilizar na hora da imigração. Por sorte, a moça só fez pedir meu passaporte e perguntar se era a minha primeira vez no Reino Unido, quanto tempo eu ficaria e o que eu vim fazer. Respondendo tudo de boa (e nem acreditando que eu já tava falando inglês e nem tinha gaguejado), ela carimbou bem rápido e me devolveu, dizendo pra eu seguir pelo corredorzinho atrás dela pra pegar as minhas bagagens no outro saguão. Ufa!

O saguão que pega as bagagens é enorme e tem várias esteiras. Primeiro você tem que ver em um quadro eletrônico daqueles qual é o seu voo e qual a companhia aérea que você chegou e procurar a esteira correspondente. Nessa parte foi tudo bem de boa, logo achei a minha esteira, peguei um carrinho e peguei sozinha todas as minhas malas enormes. Segui a direção da saída, passando pelo portão dos que não tem nenhum objeto/valor pra declarar e saí tranquila na parte de desembarque, onde eu encontraria a Stephanie, uma das meninas do grupo que também ia pra Birmingham. Lá no Heathrow mesmo fizemos contato com a família (15 minutos de internet por 1 libra!) e um lanche rápido, pra depois ir atrás de informação sobre como chegar no ibis London Heathrow Airport, o hotel que reservamos pra passar os próximos dias em Londres antes de ir pra Birmingham. Depois de muito rodar à procura de informações, pegamos um ônibus que passava na frente dos hotéis da região, o Hoppa Bus, que custava 4 libras.

Morrendo com a quantidade de malas e o frio básico - mas nos divertindo com a fumacinha que saía das nossas respirações -, eu e Stephanie chegamos ao hotel. Depois de um banho quente, apesar de um pouco cansadas, decidimos que iríamos passear, porque né, FINALMENTE ESTÁVAMOS EM EFFIN' LONDON!!! Pegamos um bus numa parada que nos deixava na Hatton Cross station (e que era grátis) e, depois de comprar o lindo do Oyster Card e de nos localizar no enorme mapa do Tube, pegamos a Piccadilly line, que nos levaria diretamente à Piccadilly Circus depois de umas 15 estações. Quase uma hora de viagem, um soninho básico (ah, aquele silêncio confortável e o leve balanço do metrô...), mas valeu super a pena!

Foto clássica na Piccadilly Circus (péssica qualidade, mas dá pra superar)



Nossa, cês não tem noção (ou tem, não sei, né) do quanto tudo isso é lindo. O tempo todo eu só pensava "meu deus, não acredito, eu tô aqui mesmo" e "por favor, que isso não seja um sonho". As luzes dos enfeites, as pessoas passando na rua todas empacotadas (er, outras nem tanto), o vento que bate na cara e que vai congelando todo o caminho até os pulmões, o som das pessoas falando as mais variadas línguas, flashes de câmeras de pessoas tão deslumbradas quanto eu... Ah, eu ainda nem acredito. Foi tudo tão mágico...

Stephanie e eu andamos mais um pouco e paramos num McDonald's porque estávamos morrendo de fome, hahaha. Comemos um lanche rápido e andamos mais um pouco até a estação que nos levaria de volta ao hotel. Apesar de ter custado chegar lá e não termos passeado muito naquela noite, resolvemos voltar mesmo. Estávamos mortas de cansaço, mas totalmente eufóricas, haha. Com o pensamento "estamos na Inglaterra, vamos poder voltar lá quando quisermos!", fui embora, feliz da vida.

No hotel, deitada na cama, pensei em tudo o que deixei no Brasil pra viver tudo isso. As primeiras impressões daqui foram as melhores possíveis - pessoas gentis e totalmente dispostas a ajudar, cidade linda, o frio maravilhoso, todo o movimento, a sensação de andar tranquilamente por aí, a surpresa e satisfação pelo serviço de transporte eficiente, etc. -, mas havia um tantinho de medo do desconhecido, das dificuldades, das situações em que eu não teria mamãe e papai pra me ajudar ou fazer tal coisa por mim. Por outro lado, também havia a ansiedade por viver situações diferentes, ver novas paisagens e aprender novas coisas, além da vontade de usar tudo isso como uma oportunidade pra crescimento pessoal - a velha história de ser independente e saber me virar, como já falei em outros posts.

Percebi que aquilo, definitivamente, era tudo o que eu queria. Valeria muito a pena e eu não desistiria nunca.