segunda-feira, 6 de maio de 2013

Eurotrip (parte 1) - Holanda.

Suuup, guys? Então, queria agradecer de verdade pelos elogios ao blog. Sinceramente, não achei que tanta gente ia ler isso aqui, mas tô feliz que meus posts, as informações e o jeito que eu escrevo estão agradando, hahaha. Bom, esses dias tem feito um sol muito louco aqui em Birmingham, as temperaturas subiram bastante (embora tenha chovido granizo, do nada, um dia desses) e a sensação ontem chegou a 22ºC! Chega de casacos, de camadas infinitas de blusas e de meias. YAY!

Flores coloridas everywhere!

Agora todas as árvores tem folhas e flores coloridas, os gramados estão verdes, as pessoas estão fazendo piquenique e churrasco com suas famílias e amigos, jogando vôlei ou futebol, ou simplesmente deitadas, lendo livros... aproveitando o verão mesmo. Bem que dizem que o inverno deixa as pessoas mais ~tristes~ por aqui. Parece que o sol é determinante pra sorriso, bom humor e risadas altas; dá pra perceber como o clima fica mais leve e alegre.

Ah, e só comentando uma coisa, porque eu não sei se vocês perceberam, mas eu abri uma seção pra ajudar a divulgar os blogs de outros bolsistas do Ciência Sem Fronteiras. Então, se você quiser ter seu link ou banner ali, é só falar comigo, haha. O primeiro a estrear a sessão é o Expresso Londres, o blog do meu amigo Rêiron que tá em Coventry. Ele escreve super bem e atualiza sempre, então... super recomendo! Mas tá, chega de papo, mas vamos ao que interessa.

AMSTERDÃ - 24/03 a 29/03.

A gente saiu de Birmingham às 5:15 da tarde do dia 24 de março e fomos de Megabus. Por causa da passagem barata, todos concordaram em passar uma noite no bus; foram quinze horas de viagem! O ônibus saiu daqui de Birm, parou na Victoria Coach Station, em Londres, onde apresentamos nossos passaportes, e de lá seguimos até o porto onde pegamos uma balsa pra atravessar o Canal da Mancha. A balsa era imensa! Parecia um super navio chique. Só que, apesar do tamanho, balançou MUITO. Gente, nunca fiquei tão enjoada na vida. Enrolei todos os casacos numa bola e apoiei a cabeça, e logo descobri que amenizava bastante a sensação. Acabei cochilando e acordei quando já estávamos perto. O bom foi pra ir ao banheiro com aquela coisa balançando de um lado pro outro; me perguntei se era assim que os bêbados se sentiam quando andavam, só que com a diferença que, naquela situação, o chão tava se movendo de verdade.

A gente desceu na França e apresentou o passaporte de novo. Meu primeiro carimbo diferente! Voltamos pro ônibus pra mais umas quatro horas de viagem até Amsterdã, mas como eu apaguei, nem senti o tempo passar. Chegamos na parada do Megabus e descemos, acabados e morrendo de frio. Tava ventando muito! Acho que nessa hora eu coloquei todos os casacos que eu levei. Pegamos nossas malas e pegamos um tram (tipo um bonde) pra chegar na Amsterdam Centraal Station, de onde seguiríamos pro nosso hotel. Compramos o day pass, passagem pro dia inteiro, por 7,50 e ele funciona pra ônibus também; você pode ir e vir quantas vezes quiser com ele, é bem vantajoso comprar. A gente ficou num hotel muito bom chamado Meininger; o quarto era lindo, tínhamos nosso próprio banheiro e a wifi pegava lá. Além de tudo, ele era bem localizado, com uma estação bem do lado, a Amsterdam Sloterdjik Station, o que facilitou muito pros nossos passeios.

Amsterdam. :)
A gente visitou vários lugares. Fomos no Iamsterdam, claro, e tava cheio de gente tirando foto. Impossível sair só você e seus amigos. A galera sobe mesmo, faz de tudo pra sair com a pose mais diferente possível na letra. No Hermitage Amsterdam as principais obras de Van Gogh estavam expostas temporariamente porque o Van Gogh Museum estava em reforma; havia várias pinturas famosas (como aquela dos Girassóis e "Os Comedores de Batatas"), cartas, desenhos e muitos estudos. Pagamos 30 (de transporte e entrada) pra ir ao Keukenhof, o lugar que é conhecido pelos campos de tulipas, mas infelizmente, pelo tempo bizarro, quase não tinha tulipas, só na parte de dentro das galerias mesmo, onde tinha os mais variados tipos. 

Tickets do Keukenhof, do ônibus que a gente foi, do day pass do ônibus/tram e do Hermitage Amsterdam.

Iamsterdam. *-*
Tulipas no Keukenhof.
Ainda no Keukenhof, perto do moinho. :)
E, claro, à noite fomos no Redlight District, ver as kiridas nas vitrines dos coffee shops. Foi uma experiência interessante, pra não dizer muito engraçada, andar por ali. Todas as mulheres usavam lingerie fluorescente, umas ficavam chamando o povo que passava, e outras estavam só sentadas na cadeira com um super ar de tédio. Tinha gente de todas as idades passeando por ali, literalmente, desde pais empurrando carrinhos de bebê até velhinhos, beeem velhinhos mesmo. Tirei uma foto só, mas resolvi não postar, vai que tem criança que lê isso aqui, né? HAHAHA.

Além do Redlight, a gente também foi no mini parque de diversões que tem perto da Madame Tussauds, na Dam Square. Eu fui na roda gigante e adorei, a vista lá de cima era incrível. Mas teve uma galera doida que foi num brinquedo do capeta que eu não sei o nome, mas que fica lá, girando infinitamente na velocidade da luz e ficando de cabeça pra baixo lá em cima, que me fazia ficar tonta só de olhar. Deus me livre.



Bom, resumindo, cinco dias em Amsterdã me fizeram notar o seguinte: 

1. Todas as pessoas, de todas as idades, falam inglês lá. E eles falam muito bem. Elas são simpáticas e estão sempre dispostos a ajudar e dar informações se você está perdido. 

2. As ruas são muito limpas e tem lixeiras por todo lugar. Acho que o que falta de lixeira na Inglaterra, tem sobrando na Holanda. Dez vezes mais, no mínimo.

3. Lá o transporte público é muito rápido e eficiente. Opções são o que não faltam! Tem os ônibus, trens, metrô e o tram, o bonde. Muito difícil você ficar plantado lá, esperando.

4. Os ônibus abaixam pra você subir, e eu achei isso o máximo! Hahaha. Todas as paradas tem nomes e uma voz sempre anuncia onde você tá e qual é a próxima. Você faz check in toda vez que entra, e check out quando sai; a mesma voz que anuncia as paradas sempre te lembra disso.

5. As casinhas lá são todas tortas, pra frente e nos lados. Parece que construíram todas elas grudadas e depois deram um soco nas pontas, achatando todas as casas que estão no meio! Algumas nós olhávamos e ficávamos realmente nos perguntando como não tinham caído ainda. Ah, e cada casinha tem espaço pro seu carro, sua bicicleta e seu barco, e eu achei isso bem interessante.



6. Falando em bicicleta, eu nunca vi tantas juntas na minha vida! As pessoas andam mesmo, sem medo de serem felizes, porque os motoristas lá respeitam muito os ciclistas. Tem estacionamentos que ficam lotados. Fico me perguntando quanto tempo as pessoas demoram pra achar a sua no meio de tantas outras.

7. As motos andam na ciclovia, e não na rua, com os carros. Numa dessas, você pode ser pego de surpresa, então é bom prestar atenção por onde anda, haha.

8. Batatas, batatas em todo lugar! Nunca comi tanta batata na vida como eu comi em Amsterdã. Socorro. 

9. No Redlight District, ao contrário do que eu esperava, as mulheres não ficam com nada de fora nas vitrines, hahaha. Mais ~comportadas~ do que imaginávamos. Tem umas que são realmente bonitas, mas se você entrar nos becos menos movimentados... Jesus toma conta. Mas eu me diverti muito vendo aquilo!

10. E, claro, o cheiro esquisito por todo lugar. Esquisito pra não dizer de maconha, né? Eu não sabia direito como era esse cheiro até chegar lá, mas depois de cinco dias, já identifico fácil! Hahaha.


HAIA (DEN HAAG).

Haia também é uma cidade linda! Tem muitos prédios antigos, mas também tem outros moderníssimos. Em certas partes da cidade é visível o contraste entre a old e a new town, e isso é bem legal de ver. Tudo é extremamente limpo e organizado, pra variar. Lá, a gente foi visitar a sede da ONU, que é um prédio ma-ra-vi-lho-so. Tem um free tour em um horário específico, mas a gente chegou quase na hora de fechar, então só ouvimos um pouco da história da fundação com o fone que nos deram. As embaixadas dos países todas ficam por aquela área, e foi curioso ver que tem prédios pra conflitos específicos, como o entre o Irã e os Estados Unidos.

Sede da ONU e o hall com a história da organização.

Ah, enquanto caminhávamos tranquilamente em Haia, a gente super descobriu uma loja que só vende produtos brasileiros! Massa pra pão de queijo da Yoki, farofa, guaraná, batata-palha, e mais um moooonte de coisas, tudo num lugar só *-* a loja era de um português gente boa que já havia morado no Brasil por um tempo. Pena que eu não tenho mais ideia onde essa loja fica, senão deixava a dica pra vocês, hahaha. Ok, acabei de achar a nota fiscal do pão de queijo que eu comprei! Haha. O nome da loja é "Ponto de Encontro", e fica na Zoutmanstraat 51. Então, fica a dica! A propósito, comprei a massa por £3,75. Caro, mas fazer o quê quando a gente fica necessitado de pão de queijo?

Aleatório: só pra deixar registrado, eu aprendi algumas palavras em holandês! Dank u wel, que é "obrigado"; dag, que é "dia"; quando tem straat na palavra, quer dizer que é nome de rua; quando tem plein é praça; e centraal, que é bem óbvio. HA, SOU POLIGLOTA.

Wow, o post ficou realmente grande. E eu ainda queria ter postado mais fotos, só que isso aqui ia ficar interminável, haha. Mas enfim, espero que tenham gostado. No próximo post, parte 2 na Bélgica.

See ya! :)

7 comentários:

Kelly Barros disse...

Muito legal. Tem uns dias que eu estava acompanhando seu blog, mas não tinha parado pra comentar ainda. Lindas as suas fotos, gostei muito, principalmente das tulipas. Eu fico pensando quem constrói casas tortas!

Nanda U. disse...

Oi, Kelly! Obrigada pela visita e pelo comentário! Também me pergunto isso. Mas talvez eles não construam casas tortas, talvez elas entortem com o tempo. Vai saber! Hahaha. Volte sempre :)

s. disse...

eu tive que comentar só pelo kiridas e brinquedo do capeta! hahahahahah

Ana Lira disse...

Oi, Nanda. Parabéns pelo blog! Estou acompanhando há um tempo e estou gostando muito. Tenho o sonho de ir estudar no Reino Unido e estou tentando o CsF. Gostaria de saber um pouco mais sobre o custo de vida, os preços, se a bolsa de 416 pounds é suficiente para se manter, etc.

Renata disse...

Oi Fernanda tudo bem? Primeiro, adorei seu blog e vi que tenho muito em comum com você, então resolvi pedir uma ajuda sua. Também estou participando do CSF (sou reoptante de Portugal para o Reino Unido) e também curso Ciências Biológicas na UFSCAR e assim como você gosto muito de Genética (molecular e de populações), Bio molecular, Evolução, Bio celular. Bom eu quero saber se você pode sugerir ou dar alguma informação legal para eu poder escolher uma universidade do UK, tenho pesquisado bastante coisa e estou com MUITA dúvida de qual escolher! Claro que a linda da York já é uma das minhas opções, assim como Durham e Southampton. Pensei que talvez você tenha mais informações dos cursos e da unis, já que você está em contato com o pessoal ai da área de Bio. Obrigada e parabéns pelo blog! Beijos

Nanda U. disse...

Ana Lira e Renata, acho que essa semana sai um post sobre a vida aqui em Birmingham e sobre a universidade. Muita gente tem me perguntado isso desde que cheguei, então acho que depois de 5 meses, tenho como responder com certeza certas coisas, hahaha. Essas dúvidas estão na lista. Fiquem ligadas. (:

Ana Lídia Castro disse...

Fui pra Amsterdã a 2 anos e super me identifiquei com o que tu falou! As milhares de bicicletas, o pessoal falando inglês mesmo, a organização no transporte público... me fez relembrar da minha viagem! :)